APROPRIAÇÃO DA FÓRMULA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PELO MERCADO E SEUS REFLEXOS

Apontamentos sobre hiperconsumo e lavagem verde na publicidade empresarial

  • Alex Fernandes Santiago
  • Plínio Lacerda Martins*
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável; Publicidade; Hiperconsumo; Lavagem Verde.

Resumo

A apropriação pelo mercado da fórmula do desenvolvimento sustentável, com foco no crescimento econômico, perverte a noção de sustentabilidade, sendo reflexos desta o estímulo ao hiperconsumo e a lavagem verde na publicidade empresarial, que muitas vezes será abusiva ou enganosa.

Referências

AMORIM, E. S. M. S; SILVA, E. R. S.; ROSA, J.; PEREZ, C. O princípio do prazer: o hiperconsu- mo como escape em tempos de modernidade líquida. Signos do Consumo, São Paulo, v. 10, n. 2, jul./dez. 2018, p. 70-78.
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1999.
. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BECK, Ulrich. La sociedad del riesgo global. 2 ed. Madrid: Siglo XXI, 2009.
BRASIL. Secretaria Nacional do Consumidor. Departamento de Proteção e Defesa do Consumi- dor. Consumo sustentável/Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor; Patrícia Faga Iglecias Lemos [et al]; coordenação de Patrícia Faga Iglecias Lemos, Juliana Pereira da Silva e Amaury Martins Oliva. Brasília: Ministério da Justiça, 2013.
CARNEIRO Eder Jurandir. Política ambiental e a ideologia do desenvolvimento sustentável. In: ZHOURI, Andréa; et al. (Org.) A insustentável leveza da política ambiental – desenvolvimento e conflitos socioambientais. Belo Horizonte: Autêntica, 2005
CATTON JR., William R. Rebasados. Las bases ecológicas para un cambio revolucionario. Mé- xico D.F: Océano de México, 2010.
CRAWFORD, Colin. La promesa y el peligro del derecho medioambiental: los retos, los objetivos en conflicto y la búsqueda de soluciones. In: CRAWFORD, Colin (Comp.). Derecho ambiental y justicia social. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, Universidad de los Andes, Pontificia Universidad Javeriana, 2009.
DUPAS, Gilberto. O impasse ambiental e a lógica do capital. In: DUPAS. Gilberto. (Org.). Meio ambiente e crescimento econômico: tensões estruturais. São Paulo: Editora UNESP, 2008.
FACHIN, Luiz Edson. “Reflexões sobre risco e hiperconsumo.” Revista Judiciária do Paraná,
n. 3, novembro de 2011.
FIALHO, Letícia de Sousa; SOUZA, Lucas de. Ações sustentáveis ou simples maquiagens ver- des? Crítica às práticas empresariais de greenwashing evidenciadas nos meios de comunicação pu- blicitários. In: XVII Engema – Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente, 2015. São Paulo: Anais do XVII Engema, 2015.
GÜNTHER, Klaus. Responsabilização na sociedade civil. In: PÜSCHEL, Flavia. Teoria da res- ponsabilidade no estado democrático de direito: textos de Klaus Günther. São Paulo, Saraiva, 2009.
HABERMAS, Jürgen. Between facts and norms. Contributions to a Discourse Theory of Law and Democracy. Cambridge, Massachusets: The Mit Press, 1998.
. A crise de legitimação no capitalismo tardio. 2. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2002.
. Técnica e ciência como “ideologia”. Lisboa: Edições 70, 2009.
HAMILTON, Clive. Réquiem para uma especie: por qué nos resistimos a la verdad sobre el cambio climático. Buenos Aires: Capital Intelectual, 2011.
JOAS, Hans. Teoria social: vinte lições introdutórias. In: JOAS, Hans; KNÖBL, Wolfgang. Pe- trópolis: Vozes, 2017.
LEFF, Enrique. Saber ambiental. Sustentabilidad, racionalidad, complejidad, poder. 5 ed., México, D.F.: Siglo Veintiuno Editores, em coedição com o Centro de Investigaciones Interdisciplinarias en Ciencias y Humanidades, UNAM, e com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA, 2007.
LIPOVETSKY, G. A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. Lisboa: Edições 70, 2007.
LUHMANN, Niklas. Ökologische Kommunikation. Kann die moderne Gesellschaft sich auf ökologische Gefahrdungen einstellen? Wiesbaden: VS Verlagen für Sozialwissenschaften. 4. ed. 2004.
MEADOWS, Donella. Los límites del crecimiento: edición 2012. In: MEADOWS, Donella; RANDERS, Jorgen; MEADOWS, Dennis. Buenos Aires: Aguilar, Altea, Taurus, Alfaguara, 2012.
NACIONES UNIDAS. Comisión Mundial del Medio Ambiente y del Desarrollo, Nuestro futuro común. Madrid: 1988.
NAREDO, José Manuel. Raíces económicas del deterioro ecológico y social. Más allá de los dogmas. Madrid: Siglo XXI, 2006.
NOBRE, Marcos; AMAZONAS, Maurício de Carvalho. (Org.). Desenvolvimento sustentável: a institucionalização de um conceito. Brasília: IBAMA, 2002.
O’NEILL, Mark. Green It for Sustainable Business and Practice: An ISEB Foundation Guide. Swindon, UK: British Informatics Sopciety Limited, 2010.
PAGOTTO, Erico Luciano. Greenwashing: os conflitos éticos da propaganda ambiental. 2013. Dissertação (Mestrado em Mudança Social e Participação Política). Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. doi:10.11606/D.100.2013.tde- 22072013-141652. Acesso em: 15 dez. 2020.
RAMÓN MENDOZA, José. “Desarrollo sostenible” o control democrático de las fuerzas productivas. Del maquillaje ambiental del modo de producción capitalista a una nueva relación del hombre con la naturaleza. Cuadernos de pensamiento crítico, n. 2, maio de 2009.
RIBEIRO, R. A. C.; EPAMINONDAS, L. M. R. Das estratégias do greenmarketing à falácia do greenwashing: a utilização do discurso ambiental no design de embalagens e na publicidade de produtos. V Encontro Nacional da Anppas. Florianópolis, 2010.
SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. In: STROH, Paula Yvone. (Org.). Rio de Janeiro: Garamond, 2002.
TERRACHOICE Environmental Marketing. The seven Sins of Greenwashing. Environmental Claims in Consumer Markets Summary Report: North America, abr. 2009. Disponível em: . Acesso em: 2 dez. 2020.
VEIGA, José Eli da. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2010.
Publicado
13-09-2022
Como Citar
Alex Fernandes Santiago, & Plínio Lacerda Martins*. (2022). APROPRIAÇÃO DA FÓRMULA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PELO MERCADO E SEUS REFLEXOS: Apontamentos sobre hiperconsumo e lavagem verde na publicidade empresarial. Revista Do Ministério Público Do Rio Grande Do Sul , 1(89), 71-89. Recuperado de https://revistadomprs.org.br/index.php/amprs/article/view/230