Autocomposição no processo coletivo: possibilidades e limitações

  • Renan Mori Ouannous
Keywords: Self composition. Collective process. Cultural heritage. Term of conduct adjustment. Administrative improbity.

Abstract

The general objective of this paper is to present possibilities and limitations for the application of self-composition within the scope of the collective process. Specific objectives include: a) dealing with self-composition, in the light of the Code of Civil Procedure/2015; b) to make brief comments on the Brazilian collective process; c) present aspects related to cultural heritage, in the condition of unavailable good; and, c) to address the possibilities and limitations of self-composition in the collective process. The method is exploratory, bibliographic and deductive. Regarding results, the Law 8.429/1992 prohibits the transaction, agreement or conciliation in actions of administrative improbity. In spite of this, Resolution 179/2017 of the National Council of the Public Prosecutor's Office presents the possibility of signing a term of conduct adjustment, in case of administrative improbity, that would open a window to the methods of self-composition in the area of ​​public patrimony. Such a Resolution, however, is applicable only to the Public Prosecution Service. The limits for the application of this procedure are present in the CNMP Resolution 179/2017, when explaining that the public prosecutor's office can not make concessions that imply renunciation of homogeneous diffuse, collective and individual rights or interests, by negotiating the interpretation of the law in the specific case, specifying the appropriate obligations and necessary, in particular the manner, time and place of compliance, as well as mitigation, compensation and compensation for damages that can not be recovered.

References

ABI-EÇAB, P.; GAIO, A. Tutela do meio ambiente. In: VITORELLI, E. (Org.). Manual de direitos difusos. 1. ed. Salvador: Juspodivm, 2018.

BEZERRA FILHO, A. Processo de Improbidade Administrativa: anotado e comentado. Salvador: Juspodivm, 2018.

CABRAL, A. P. As convenções processuais e o termo de ajustamento de conduta. In: ZANETI JR., H. (Coord.). Processo coletivo. Salvador: Juspodivm, 2016 (Coleção Repercussões do novo CPC, v. 8; coordenador geral Fredie Didier Jr.).

DIDIER JÚNIOR, F. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento. 17. ed. Salvador: Juspodivm, 2015.

DIDIER JÚNIOR, F.; PEIXOTO, R. Novo Código de Processo Civil: anotado com dispositivos normativos e enunciados. 5. ed. rev. e atual. Salvador: Juspodivm, 2018.

DIDIER JÚNIOR, F.; ZANETI JÚNIOR, H. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 10 ed. Salvador: Juspodivm, 2016.

FLACH, M. S. A intervenção estatal no direito de propriedade e a salvaguarda de bens culturais. Revista Juris Plenum de Direito Administrativo, n. 18, jun., 2018, p. 137-174.

FLACH, M. S. Dos delitos contra o patrimônio cultural e o ordenamento urbano na lei dos crimes ambientais. Belo Horizonte: Del Rey, 2019.

GAVRONSKI, A. Autocomposição no novo CPC e nas ações coletivas. In: ZANETI JÚNIOR, H. Processo Coletivo. Salvador: Juspodivm, 2016 (Coleção Repercussões do Novo CPC, v. 8; Coordenador Geral, Fredie Didier Jr.).

MACÊDO, M. P. Q. O Ministério Público e o inquérito civil: aspectos teóricos e práticos. Belo Horizonte: Arraes, 2012.

MARCHESAN, A. M. M. A tutela do patrimônio cultural sob o enfoque do Direito Ambiental: uma abordagem transdisciplinar. 2006. 327 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Faculdade de Direito.

MARCHESAN, A. M. M. O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) e a proteção do patrimônio cultural urbano. Revista Direito Ambiental, São Paulo, v. 12, n. 48, out., 2007.

MARCHESAN, A. M. M. Os princípios específi cos da tutela do meio ambiente cultural. Revista do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n. 73, jan./abr., 2013, p. 97-123.

MAZZILLI, H. N. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outros interesses. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

MENDES, G. F.; BRANCO, P. G. G. Curso de Direito Constitucional. 13. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva Educação, 2018 (Série IDP).

MIRANDA, M. P. S. Direito à informação no âmbito da gestão do patrimônio cultural brasileiro. In: MACÊDO, M. P. Q.; MARTELETO FILHO, W. (Org.). Temas avançados do Ministério Público. 2. ed. Salvador: Juspodivm, 2017.

NOVELINO, M. Curso de Direito Constitucional. 12. ed. rev. e atual. Salvador: Juspodivm, 2017.

NUNES JÚNIOR, F. M. A. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2018.

PEIXOTO, R. A Fazenda Pública e a audiência de conciliação no novo CPC. 7 abr. 2016. Disponível em: Acesso em: 23 mar. 2019.

STEIGLEDER, A. M. Discricionariedade administrativa e dever de proteção do meio ambiente. Revista do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n. 48, jul./set., 2002, p. 271-302.

ZIESEMER, H. R. Interesses e direitos difusos e coletivos. Salvador: Juspodivm, 2018.
Published
11-08-2020
How to Cite
Renan Mori Ouannous. (2020). Autocomposição no processo coletivo: possibilidades e limitações. Revista Do Ministério Público Do Rio Grande Do Sul , 2(86), 77-98. Retrieved from https://revistadomprs.org.br/index.php/amprs/article/view/174